terça-feira, 18 de março de 2014

OUTROS ESCRITOS - CRÔNICA: A noite da gata

Há coisas que não precisam de explicação. Só de instinto.

Sou do tipo que não vive sem um bichinho de estimação. O animal tem essa coisa que fascina e cativa os humanos, que é a capacidade de tornar-se um companheiro desinteressado, contanto que o dono nunca esqueça a ração. Por mais que afirmemos para nós mesmos que nunca mais teremos um pet, porque dá muito trabalho, não resistimos quando o bichinho nos olha com um olhar sedutor ou vem andando até nós fazendo festinha. Não temos escolha a não ser nos derreter de amor, e eu me incluo nessa situação. Desde 2010 tenho uma fofurice chamada Cissa, uma gata mestiça de siamês com vira-lata, uma coisa tão cute de se ver, meio branca, meio cinza, ou mesclada, como gosto de dizer, com olhos azuis muito claros e uma personalidade única. Ela lembra demais a minha mãe (que Deus a tenha): linda, cara de brava e SUPER desconfiada. Qualquer um que entre em casa e que não seja da família ou só a vê de relance, porque ela se esconde, ou fica incomodado com o olhar que ela lança. Como eu disse, personalidade única.