terça-feira, 17 de junho de 2014

ESPECIAL COPA DO MUNDO: Brasil x Croácia, bandeira quadriculada

                                            


                   

E a Copa do Mundo começou, apesar da torcida contra. Não querendo ser antipática, mas já sendo, coisa mais inútil é culpar atletas pelos problemas sociais do país. Eu, como amante do futebol, estou me deliciando. Só jogaço! Espanha com o ego mais inflado que baiacu levou lição de humildade da Holanda por cinco vezes. Italianos e ingleses sentiram na pele o que é ser cozido a vapor sob o calor de Manaus. Uruguai com o seu fantasma de 1950 foram exorcizados pela surpreendente Costa Rica. Eu, sinceramente, que acompanho Copas do Mundo desde 1994, nunca vi jogos com tanta raça como os realizados até agora (exceto claro, aquele Irã X Nigéria...). Protestantes, manifestantes, e todos os antes deste país, enquanto tomam tiro, porrada e bombas de efeito moral, os estádios com os assentos mais caros do mundo recebem os jogos mais emocionantes dos últimos tempos. Beijinhos no ombro!

Mas falemos do Brasil. Sendo a sede da Copa, coube à nossa Seleção o tradicional jogo de abertura de um dos maiores, mais ricos e mais gastadores eventos esportivos do mundo. E logo com a Croácia. Para quem não sabe, a Croácia é remanescente da antiga Iugoslávia, cuja seleção encantou nos anos 1970. Ou seja, não seria tão fácil assim. Por mais que adore a nossa Seleção Canarinho, temos que reconhecer: há tempos que o problema do time é as laterais livres. A saída de bola para o ataque sai quase sempre do meio de campo, deixando jogadores importantes fora dos lances. E aí o caminho fica livre para o adversário que corre justamente por uma das laterais, chuta nas costas da zaga brasileira e... Marcelo faz gol contra. Coitado, não foi culpa dele. Quer dizer, foi, mas também não foi. Mas eu tinha certeza que o Brasil viraria o jogo. E começou, claro, com Neymar. GRAÇAS A DEUS, ele chutou rasteiro, quase de primeira, e pasmen, fraquinho, que enganou toda a defesa croata e foi pro fundo da rede. Essa era a receita para a vitória, visto que a Croácia é especialista em jogadas aéreas. E o pênalti? Foi ou não? Pra mim, marcou bobeira, tomou. Aquela mãozinha croata no ombro do nosso Fred pode ou não ter tido a carga para impedir o lance, mas se o juiz apitou quem sou eu para dizer que não foi? Copa sem polêmica não é Copa. E Neymar, mais uma vez, pôs a bola em seu devido lugar, com uma ajudinha do goleiro. Já imaginou, gol contra do goleiro? Pois é.


Agora, o Oscar. Gente, o Oscar. Não é o do Cinema, mas que artista que o cara é. Não desistiu de uma única bola. Deu o passe para o primeiro gol quase deitado, entre dois adversários. Aquele passe podemos chamar de “tomaí”, pois foi aquele tipo desconcertante que tornou a nossa Seleção conhecida mundialmente. E aquela corrida que resultou no terceiro gol? Parecia lance de videogame. Cadê meu joystick pra fazer a mesma coisa? O rapaz carregou a bola, de novo seguido por dois croatas, e não teve dúvidas: tacada certeira na caçapa do canto. Correu como se corre numa pista, vendo a bandeira quadriculada à sua frente, e fez o que se esperava naquele instante: CHUTA PRO GOL, CARAMBA! E ele chutou e fez. Três a um, com louvor. Quem torcia contra, faça o favor de reconhecer: mesmo com falhas, a Seleção Brasileira fez do jeito que todo mundo espera. E foi só o primeiro jogo. E eu estarei aqui, torcendo. Apesar de todos os problemas sociais do país, sei muito bem qual o momento certo de mostrar minha opinião. E com certeza, não é agora. Erga a cabeça, cante o Hino, e jogue, mas jogue mesmo, e se Deus quiser, traga a taça, porque ganhar com uma parte da torcida contra é mais gostoso.

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